sábado, 3 de setembro de 2011

eBook e as pequenas editoras - parte 2

Os tablets virão como tsunami ou marolinha?

























Na primeira parte deste artigo, alertamos para a necessidade de que as pequenas editoras acelerem sua entrada no mundo dos eBooks. Pois bem, as notícias não param de chegar, indicando que é urgente uma tomada de decisão das editoras.

O Governo Federal lançou, esta semana, um programa de popularização de livros. O objetivo é tornar mais acessíveis e baratos livros impressos e em versões digitais (eBooks) e estimular toda a cadeia de produção de livros, passando por escritores e editores, e sobretudo pelos leitores. O projeto foi apresentado na tarde desta quinta-feira (1/9), na abertura da XV Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro.

Aliás, a XV Bienal pode ser chamada de Bienal de eBooks, tal é a quantidade de produtos eletrônicos e livros digitais oferecidos.

Anteriormente, um portaria do Governo reclassificou os tablets como computadores. Resultado: toda a isenção fiscal que abençoa a importação e comercialização de computadores se estendeu também aos tablets, permitindo uma grande redução de preços desses equipamentos. E faltam apenas 4 meses para o Natal...

Isso mostra que as editoras precisam ter uma política clara para o eBook. E elas tem que discutir essa política imediatamente. Deixar para depois pode significar que a editora ficará para trás num mercado extremamente aquecido como é o mercado de produtos digitais.

Um observador externo talvez fique com a seguinte dúvida: os tablets substituirão gradualmente os livros em papel (ao longo de décadas), como ocorreu com o CD substituindo o disco de vinil? Ou será como a tsunami que, em três anos, substituiu praticamente todas as máquinas fotográficas antigas por máquinas fotográficas digitais?

Seja qual for a resposta a essa pergunta, não há um minuto a perder. As editoras precisam entrar nesse mercado. Aliás, é uma enorme oportunidade para as pequenas editoras. Afinal, o eBook elimina vários custos do livro: impressão (deixa de existir), distribuição (passa a ser digital) e armazenamento (também digital). Desse ponto de vista, o eBook é o melhor dos mundos para uma editora, pois torna o livro muito mais acessível.

Por outro lado, os pontos negativos são: como controlar a quantidade de livros vendidos, caso essa venda se dê por uma grande distribuidora, como a Amazon, ou as grandes editoras nacionais, Saraiva e Cultura? E mais: como evitar ou, pelo menos, reduzir a pirataria?


Aguarde a parte 3 deste assunto.

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